Olha, eu não sei se o que dizem tem solução Mastigam o bem e cospem a dissolução Invejam a quem quer que finja convicção Emitem nuvens escuras só de bradar Como facas de ódio a nos amolar E justificam o mal como um ser invisível Inexplicável jornal de lógica impossível Tentam minimizar, com armas nas mãos O insano colar, enforcando o irmão Veja, meu bem, os discursos de adoração Negam a quem jura amar sem restrição Invocam até seres de outra elevação Para justificar uma devoção fardada Como se amar fosse coisa escravizada E esquecem também que não há mal menor Uma alma de bem faria muito melhor Não há como defender Um mal por seu autor Pois a obra degradada Não inspira o amor