Nós é prosa, é rima, tem tempero nas linhas Proteção divina, disposição pra ir à lida Ô, Sagrada Família, tô por vocês todo dia Compartilhando de todas as adversidades vividas Sou Nordeste, não teste! Sou a febre, a peste, a praga que vem do Agreste A fé que nunca desaparece Se não convém, não desmereça, apenas respeite, seu peste! Contos, mistérios e preces Lendas que os antigos protegem Um pega na verdinha Um cheiro na pretinha Lapada na xenofobia Quantas Maria Bonita, mulheres aguerridas Quantos Virgulino da vida Que se arrisca em confronto com a polícia Alvoroço, gritaria Na vendinha da esquina Só resenha, alegria, pura nostalgia Uma dose de Pitú pra acompanhar um caju Sinuca de bico, quebrada é isso Traz um caldinho de sururu Tem que segurar rojão, aguerrido, carne dura Provedor, sofredor, sonhador que tá aí na luta Bacamarte é a contenção Minha fé, minha proteção Que minha Divina Pastora Me dê norte, uma direção Aí, irmão, cada qual sua caminhada Livramento no relento, só quem já passou que saca! Hoje passo as madrugadas mais dentro de casa Porque as ruas tá' sinistra, tá' desamparada