Certo dia enquanto caminhava Encontrei um menino na calçada Sem camisa, descalço e faminto Transmitindo um estranho e silêncioso grito Ao olhar-me, com olhares medigantes e distantes Trazia nos lábios um gesto insignificante Que não se ouvia nenhum som Acenava com a mão como quem pede pão E eu sem entender então Àqueles gestos lentos e desanimados De menor abandonado aguardando solução, aguardando solução E agora, o que fazer? O que eu vou lhe dizer? Só resta agora saber e também obedecer ao que manda o meu coração