Mergulha hóstia de luz No sangue do campo santo, Estende lua teu manto No orvalho da plenitude, Onde a reza nasce rude Ajoelhada em campo e luz, E eu benzo o sinal da cruz Com água benta de açude Não há templo igual a este Pro batismo dos pampeanos, Prece oculta dos minuanos Convergência dos ateus, Simplicidade dos meus, Na procissão das estâncias Terrunha alma em constância Aqui mais perto de Deus... Tenho o terço das estrelas E a matriz do galpão grande, Deixo que o destino mande Nos sonhos que campereio, Em cada campo que leio Encontro a bíblia da calma E ascendo a vela da alma No castiçal dos arreios Um dia hei de saber O motivo da saudade, De um tempo em que a liberdade Na catedral das manhãs Tinha um sino de um tajã Acordando a tolderia, E um rosário de poesia Sob os olhos de tupã