Escrita fina Quando corre ensina Não dura um deserto que atravesse Pode ir sendo Que demore um tempo Mais tarde ou mais cedo Lá me acerto Na lembrança O meu céu de criança A quem nunca se entrega um tom cinzento Por momentos Vem num pensamento E uma nuvem chove cá por dentro Quase nada (Experimento o céu de negro que há de norte a sul) Nunca me conforma (Prometo-me a mim mesma mais de céu azul) A insatisfação (Temo que haja pouco pra me contentar) Nunca me abandona (Mas nada me impede de tentar) Porque tento Andar atrás no tempo E entender a chuva que acontece? Como por magia Há sempre um novo dia E outra Lua Nova que anoitece Se a madrugada traz uma canção Pouco importa que me insista hoje em dia não Tomei o meu fastidio pra me atormentar Pedras no meu trilho são pra me assentar Quase nada (Experimento o céu de negro que há de norte a sul) Nunca me conforma (Prometo-me a mim mesma mais de céu azul) A insatisfação (Temo que haja pouco pra me contentar) Nunca me abandona (Mas nada me impede de tentar) Mesmo transformando em nosso o que era meu Se és a sorte do caminho que a vida escolheu Canta que me afina, faz-nos avançar Premeia-me o destino por te ver dançar Quando acordar do sono que eu escolhi Quero ter no meu cantinho sempre mais de ti Cada rosa, cada espinho que tanto cresceu Mesmo quando venham pra nublar-me o céu Quase nada (Experimento o céu de negro que há de norte a sul) Nunca me conforma (Prometo-me a mim mesma mais de céu azul) A insatisfação (Temo que haja pouco pra me contentar) Nunca me abandona (Mas nada me impede de tentar)