Há quem tenha chegado até aqui Por puro impulso aventureiro Pelo cheiro da estrada que a tantos seduz Eu não! Chego empurrado pela ocasião Rebocou-me até aqui a dor, em redor tem paz Um vento gélido se assusta ao tocar meu rosto desigual Poucas vezes vou a campo prestigiar o desnudamento das árvores de outono Mas hoje vim! Não sei porque Tanta paz e serenidade deveriam me acalmar Mas, ao contrário, esse silêncio próspero Abre fogo contra a saudade que sangra no peito! Me lembro da outra vida que tive E da segunda vez que tive de nascer Aprendendo de novo a falar e andar Mas, agora, sem o doce afeto de um colo de mãe que me acalme Uma lágrima formada de lembranças risca meu rosto A mão que a enxuga, não é minha