Lembra aquela noite, quando abriu a porta pra mim Antes suspirava seu tédio Incrédula e perplexa perante o fim Enfim o inesquecível culto pensava enquanto descia a ladeira da capela Parecia a Cinderela, do conto de fadas Saída das páginas de um livro de Nárnia Sem saber o que fazer aqui Tranquila, vai fluindo Uma doida, às vezes santa Deixa descobrir Quem resiste à correnteza? Acostumado aos sons do subsolo Estranhava as tristes canções da rua À luz da Lua um desconcerto, desassosego Seu desespero, a alma nua Então percebeu, por um segundo Que a dor imensa, a dor do mundo te abraçava Arrancava meras certezas E as correntezas que te levavam eram belas correntes de amor Amor Tranquila, vai fluindo Uma doida, às vezes santa Deixa descobrir Quem resiste à correnteza?