Vozes na minha cabeça, um coral desordenado Sussurram segredos, cantam em desalinho Um labirinto de ecos, num canto lamentado Realidade distorcida, num delírio sem fim Mente fragmentada, em pedaços dispersos Pensamentos em fuga, num turbilhão de versos A sanidade escorre, por entre meus dedos imersos Em um mar de ilusões, de medos e de perversos Sombras dançam na parede, em um baile macabro Rostos familiares, se transformam em algo que não conheço A paranoia me invade, num abraço que me abraça E a realidade se esvai, como um sonho que esqueço Mente fragmentada, em pedaços dispersos Pensamentos em fuga, num turbilhão de versos A sanidade escorre, por entre meus dedos imersos Em um mar de ilusões, de medos e de perversos Olho no espelho, e não me reconheço Quem é esse estranho, com olhar tão indefeso? Perdido em mim mesmo, num labirinto sem acesso A lucidez se afoga, em um mar de retrocesso Mente fragmentada, em pedaços dispersos Pensamentos em fuga, num turbilhão de versos A sanidade escorre, por entre meus dedos imersos Em um mar de ilusões, de medos e de perversos A música se desfaz, em um sussurro agonizante Deixando apenas o silêncio, e a dor incessante De uma mente quebrada, em um corpo agonizante Um grito silencioso, que ecoa eternamente