Hoje acordei com o céu pesando o meu peito O silêncio grita, eu me escondo no leito As vozes me chamam, sussurram verdades Mas ninguém escuta as minhas vontades Olho pro teto, converso no escuro Chamo Teu nome, me sinto inseguro Será que me ouve? Será que se importa? Ou minha fé é só porta sem porta? Falando com Deus, como quem grita ao vento Meu quarto é prisão, e o tempo é lento Choro e desabo, sem plateia ou juiz Sou só eu e o céu E o nada que fiz Falando com Deus, num sussurro confuso Talvez Ele ouça, talvez seja iluso Me sinto tão só, tão fora de mim Será que Ele vem Ou é sempre assim? Conto meus pecados pra parede calada Peço desculpas à alma cansada Vejo sombras dançando em meu chão Talvez seja Deus Ou só a solidão Meu corpo é abrigo de guerra sem fim Trincheiras de dor, um inferno em mim Mas ainda rezo, mesmo entre ruínas A fé é cicatriz nas minhas retinas Falando com Deus, como quem grita ao vento Meu quarto é prisão, e o tempo é lento Choro e desabo, sem plateia ou juiz Sou só eu e o céu E o nada que fiz Falando com Deus, num sussurro confuso Talvez Ele ouça, talvez seja iluso Me sinto tão só, tão fora de mim Será que Ele vem... Ou é sempre assim? Se Deus mora no silêncio, eu sou catedral De ecos quebrados, num mundo irreal Mas ainda O chamo, no meio do caos Mesmo sem resposta Ainda grito aos céus Falando com Deus, com a alma em pedaços O mundo é ruído, só quero Teus braços Se for só loucura, então deixa eu crer Pois mesmo perdido Só sei Te dizer Me escuta, Senhor Antes que eu deixe de ser