Ela sorri pela fresta da janela Com um olhar que rasga minha alma Sussurra com os outros, eu ouço tudo Mesmo quando o mundo finge calma Ela rega as flores com veneno E cumprimenta como quem ama Mas vejo as sombras em seu rosto O inferno se esconde em sua trama Diz que reza por mim, que me quer bem Mas a faca que esconde tem meu nome também Mas vai chorar quando eu me for E vai se arrepender de tudo que inventou O sorriso dos maus não é eterno Eles queimam sofrendo no inferno Vai gritar meu nome no silêncio Mas não vai ter resposta no vazio A falsa vizinha sorrindo, mentindo Me empurrou pro próprio frio Ela diz que sou louco, que escuto demais Mas minha mente é um rádio sem paz Cada cochicho é um trovão dentro de mim E ela dança no caos, com um falso enfim Ela varre a calçada com culpa nos olhos Mas finge que é pó, não as cinzas que sobram Eu vejo além, vejo o que ninguém vê Seus sorrisos de plástico, sua fé de TV Ela me culpa por coisas que sonha Me pinta no bairro como um monstro que assombra Mas vai chorar quando eu me for E vai se arrepender de tudo que inventou O sorriso dos maus não é eterno Eles queimam sofrendo no inferno Vai gritar meu nome no silêncio Mas não vai ter resposta no vazio A falsa vizinha sorrindo, mentindo Me empurrou pro próprio frio Me chamaram de estranho Mas estranho é fingir amar e odiar no espelho Fingir que se importa, enquanto espalha veneno Ela sorri como quem enterra com flores Mas vai chorar quando eu me for E vai se arrepender de tudo que inventou O sorriso dos maus não é eterno Eles queimam sofrendo no inferno Vai olhar pra porta esperando perdão Mas só vai encontrar solidão A falsa vizinha sorrindo, mentindo Vai se afogar no seu próprio não