Sussurros No Corredor

Marcos Giovane

Composición de: Marcos Giovane
As paredes me olham, querem conversar
O chão range histórias que não quero escutar
Um vulto me chama do fundo do espelho
Diz que sou nada, que não tenho conselho

Me escondo nas sombras do próprio pensar
Meu nome ecoando sem ninguém pra chamar
Na fresta da porta, um sussurro gelado
Você está só
E será sempre assim

Caminho em círculos no quarto trancado
O tempo me esquece, o mundo é nublado

Sussurros no corredor, vozes que não cessam
Me dizem verdades que ninguém confessa
No espelho, um estranho me encara e sorri
Será que sou eu? Ou já perdi de mim?

Gritos calados dentro do peito
Cada passo é um novo defeito
E no silêncio que me devora
A sanidade vai embora

A lâmpada pisca, parece zombar
Do pouco que resta pra me equilibrar
Ouço meu nome dito ao contrário
Meu coração pulsa como relicário

Me disseram que tudo era ilusão
Mas a dor é real, bate feito trovão
Os remédios me apagam, mas não me curam
Só fazem as vozes cantarem mais puras

E a noite desce sem pedir licença
Com ela, a ausência de qualquer crença

Sussurros no corredor, vozes que não cessam
Me dizem verdades que ninguém confessa
No espelho, um estranho me encara e sorri
Será que sou eu? Ou já perdi de mim?

Gritos calados dentro do peito
Cada passo é um novo defeito
E no silêncio que me devora
A sanidade vai embora

Me disseram: Isso passa, mas nunca passou
Um labirinto de mim mesmo que nunca cessou
Eu choro por dentro, mas ninguém vê
A loucura é invisível
E fria como o amanhecer

Sussurros no corredor, meu nome em lamento
A mente em ruínas, o tempo em tormento
No espelho, um abismo me olha e sorri
E tudo que fui... Já não mora aqui

E eu sigo
Com medo de quem sou
Sussurrando
No corredor
    Página 1 / 1

    Letras y título
    Acordes y artista

    restablecer los ajustes
    OK