Bendita seja a viola Que fez de mim quem eu sou Ela é da mesma madeira Da cruz que Jesus amou Que encostada no meu peito Só semeia poesia Destrói todas as tristezas E constrói só alegria O mestre caiu três vezes E conseguiu levantar Não é por um simples tombo Que eu vou deixar de cantar Vou ser o mesmo que eu era Pai, amigo e cantador Quem me acenar com ódio Vou responder com amor Quem me atirar uma pedra Vou devolver uma flor Pra quem estiver sofrendo Serei remédio pra dor Nas trevas de muitas vidas Eu pretendo ser a luz O Mestre será meu guia E a viola minha cruz Seja cedro ou seja pinho Jacarandá ou marfim Mesmo de qualquer madeira Você faz parte de mim Nas mensagens que eu mando Sem censura e sem receio E falo das coisas boas Que o meu coração tá cheio Não quero ver sobre nós Desilusões e fracassos Enquanto eu tiver voz Quero a viola nos braços