O que eu já fui não deixo de ser Camadas contínuas que me constroem Pouco a pouco O que eu já fiz ou deixei de fazer Nunca me fez dos outros refém Sempre ouço Não a prendo em mim Aprendo, sim O rancor que recebi Arranco de mim Em torno do mal que eu receber Converto aos poucos em algo bom Basta tempo E sob a pressão do fundo do mar Espero um dia ver a onda passar No momento Em que o eco vier me afundar dentro de mim E vejo assim O quanto me quebra Não o prendo em mim Aprendo, sim O rancor que recebi Arranco de mim A profundeza em mim Descobri, enfim Não encontro um fim No que vou sentir E não existe assim Algo bom ou ruim Nesse breu me encontrei E o brilho se mantém