A sereia quando nasce cresce na beira do rio Bebe as águas do riacho para encher o seu vazio E quando anoitecer E o Sol desaparecer É quando ela irá surgir A sereia quando passa como onda a engolir Não importa onde se esconda ela vai te descobrir Mesmo à beira do perigo Vai te embalando num abrigo Até você se entregar Não, não, não Não chore não Pois essa água doce que a provocou Uma saudade de momentos que passou De passos longos pela terra aventurava Pelos campos que passava Ia buscar o seu amor A sereia era humana até o coração partir Era vivo como chama até que um dia foi dormir Por passar despercebido Pelo seu melhor amigo Ela um dia irá voltar Não, não, não Não chore não Pois essa água que provoca sua dor É bem antiga mas ainda tem sabor De velhos tempos quando andava contra o vento Perseguia o sentimento Pra buscar o seu amor E quando o Sol pousou Foi quando acordou Saiu a procurar Um amor pra se alimentar