Eu sou o sangue tinto dessa taça nua Buscando a Lua moça com olhar faminto Descalça sobre as pedras das estradas rubras Ao som das tempestades que em meu peito sinto Sou o tango debochado que te rouba um beijo Na hora mais selvagem que a paixão pariu Encanto enfeitiçado de liberto canto Qual febre que aquecendo faz morrer de frio A taça me veste, o vinho me toma Rituais dessas noites de tempos insones Mulheres que nascem da alma das luas São indecifráveis aos olhos dos homens Meus pés sagram na estrada a correr com lobos Matilhas que habitam minha solidão Sou vida renascida de latinas luas Qual bruxa musiqueira a se fazer canção Sou o tango debochado que te rouba um beijo Na hora mais selvagem que a paixão pariu Encanto enfeitiçado de liberto canto Qual febre que aquecendo faz morrer de frio A taça me veste, o vinho me toma Rituais dessas noites de tempos insones Mulheres que nascem da alma das luas São indecifráveis aos olhos dos homens