Sou da terra potiguar No solo deste nordeste Do imponente litoral De um lindo céu celeste Nas águas morna do mar Que me banha e me veste Onde Sol e o luar Brilham o dia inteiro Presente o nosso sertão O gigante cajueiro! Terra linda de forró Povoléu hospitaleiro Tenho berço cultural De raiz aconchegante Desse estado acolhedor Sou natalense migrante Na pauliceia radicada Do meu chão fui retirante Terra de praias lindas De demandas pujantes Clamamos por atenção Dos malditos governantes Quem chega só vê beleza O ar puro e natureza) Necessidades alarmantes! Mal sabem o que se passa - Dentro a fora nas estradas Casebres de lona e lata Pessoas aglomeradas Pescador aventureiro Viaja o mar por inteiro Navega nas enxurradas Não tem valorização Minha terra dividida (Em dois lados diferentes) Quem lucra e quem se endivida (Gente a beira do abismo) Fruto do capitalismo Se despresando a vida) Potiguares lutadores Sem emprego, maltratados Estão nessas condições Com salários destroçados Vivem na triste pobreza Cortam cana com destreza Mas não perdem seus legados Com alegria no rosto E um enorme coração Pois sabe que o seu povo (Luta pra ganhar o pão) Sorridentes porque sabem Belezas da vida trazem Um pouco de emoção As terras, a natureza E o povo trabalhador Uma cultura arretada (Mostrando o seu valor) Trago um pouco de encanto Do nordeste sonhador!