Seus olhos vivem no chão Fugindo da multidão De olhares que procuram se cruzar Fecha os punhos firmes Leva-os rente ao corpo Teme as incertezas de voar Mas não há como evitar De salto em salto a mente voa Segue os passos tortos de um sermão Frases prontas postas à toa Certeza nubla a sua decisão Já não há respostas que possam se encaixar A cada passo que dá se afasta a saída Não, não caia não, não perca suas forças A ignorância não leva a nada Ser cego já não alivia A sua mente não se cala As vozes vão lembrar a agonia Seus olhos vivem no chão Mágoas ditas em vão Palavras que não pode mais guardar Ecoam pelo ar