E se a lua nunca mais minguasse E se o sol iluminasse os dramas do caminho E se a gente não se apaixonasse tanto E se morrer não fosse sempre um gesto tão difícil E se o futuro um dia permitisse ver A indiferença do poeta por outra poesia E se seus cabelos ao toque das mãos Pudessem sempre estar do jeito que eu queria E deslizar sem parar E deslizar sem parar, sem parar E quando não mais existirem as portas E quando eu não mais precisar de alguém E quando pudermos dançar pelas ruas E quando a inocência quiser resistir E quando vierem humanos demais Pousar no seu corpo proibido pra mim E quando os humanos matarem a dor no cartaz Terei ido embora, será nosso fim A deslizar sem parar A deslizar sem parar, sem parar Por entre paixões e conquistas Meus olhos cansados de crer Alcançam e perdem de vista A estrada que leva a você