É uma solidão inconsolável Como as rochas que destoa das outras Como se usasse galochas E do abismo doido de onde se ergue Mostra quase nada Com qualquer iceberg Meu peito se orgulha dela Que nem um castelo presa seu fantasma Com seu vestido amarelo Ela me assalta a noite disfarçada em asma Então eu a embriago Com o melhor da minha falsidade E a envolvo em cinismo Nas canções da mocidade Me deixo assim obstinado com os rios Correndo os dedos pelos cabelos sombrios E não durmo e não como e não abro a porta Nem atendo o telefone Eu tenho muito medo Que ela me abandone Que ela também me abandone E uma solidão inconsolável