Gente, quando eu era criança assisti mamãe compondo o que chamo de: Próprio paraíso Lá onde tudo começa, então Tudo se sabe de cor Onde o tempo parou Numa aldeia menor Eu cantarei o que sou Lá no quintal do poeta eu vi Num raio de luz o metal Refletir-se brincar Nos lençóis do varal Não era meu o lugar Mas o meu canto será Para levar as pessoas Que passam a toa Que vão devagar Pensamento voa para lá Lá no quintal do poeta Bem do lado de lá do porão Corre um rio Bate Sol Bate o meu coração