A força que carrego Dentro do meu peito A vontade de viver Que eu vejo em toda parte A garra de insistir Quando não tem mais jeito Carrego no meu sangue Ancestralidade Somos Zulu, Iorubá Zumbi e Mandela Sei onde posso chegar Bem longe de qualquer cela Eles querem me parar Acendo mais uma vela Ó me proteja orixá Do povo da caravela Será que posso perguntar Ou me ver pensar ainda te causa espanto? É que ainda tô tentando decifrar Porque que meu cabelo te incomoda tanto? E minha história porque não querem contar? Deve ser que no ego deles dói Nas suas aulas esqueceram de falar Que o quilombola é mais guerreiro que quer super herói Eu tô armado do cabelo até a voz E peço força aos seres de luz Pai Oxalá, vou clamar, olhai por nós Nos dê a força dos povos hutuz Tão dando corda e eu desatando nós Na encruzilhada vejo um homem de capuz Me livrai dos que escravizaram nossas vós Os mesmo, que branquearam seu Jesus Somos Zulu, Iorubá Zumbi e Mandela Sei onde posso chegar Bem longe de qualquer cela Eles querem me parar Acendo mais uma vela Ó me proteja orixá Do povo da caravela O estado acha que cumpre seu papel Reproduzindo sempre a mesma fala Nas escola sempre ouvi sobre Isabel Mas lá ninguém me ensinou quem foi Dandara Sou Luiz Gama, Dona Flor Sou Motumbo, Malcom X Sou filho, serei avô Povo preto prevalece Em outro plano, não me engano Alguém ouve essa prece A história é nossa A vida é nossa então Deixa que nós escreve