Na coleira, ele vem, devagar Engatinha até mim, sem falar Suando sob minha mordaça O desejo dele, eu que traça Mando ajoelhar Ele obedece sem hesitar Sou a dona do jogo sujo Ele geme, mas nunca julgo Teus olhos pedem Mas só recebes o que mereces Na minha mão Tu te esquece É meu cão Vem rastejando por perdão Me lambe os pés Quer castigo e não razão É meu chão Esse corpo que se rende Tu sua por mim Enquanto eu fico indiferente Ele gostava quando eu mandava Me chamava de deusa, brava Botava a mordaça com gosto E dizia "sou teu, do pescoço ao rosto" Me implorava com o olhar "Me prende, me faz implorar" Eu sorria, dedo na boca "Silêncio, minha coisa louca." Teus olhos pedem Mas só recebes o que mereces Na minha mão Tu te esquece É meu cão Vem rastejando por perdão Me lambe os pés Quer castigo e não razão É meu chão Esse corpo que se rende Tu sua por mim Enquanto eu fico indiferente Te amarro no meu prazer Só dou o que eu quiser Te guio no escuro Meu brinquedo, meu ser É meu cão Vem rastejando por perdão Me lambe os pés Quer castigo e não razão É meu show Tu só dança se eu mandar E no fim da noite Ainda implora pra ficar