Whoo, whoo Whoo, whoo Eu me olho no espelho Mas não me reconheço Fragmentos de quem fui espalhados pelo chão Com as mãos tremendo pego o cinzel A cada golpe sinto a dor que me refaz Cicatrizes que gritam histórias que calei No silêncio encontro o que sempre evitei Estou esculpindo o meu ser pedaço por pedaço Mesmo que doa mesmo que eu caia em pedaços Cada golpe no mármore é o grito da minha alma Reconstruindo quem sou com dor e com calma A vida me moldou com martelos de aço Mas só eu posso escolher o que quero ser Cada falha uma marca no meu próprio rosto Cada lágrima um tijolo pra me fortalecer O reflexo me encara, mas não vai me vencer Sou o artista e a obra lutando pra viver Estou esculpindo o meu ser, pedaço por pedaço Mesmo que doa, mesmo que eu caia em pedaços Cada golpe no mármore, é o grito da minha alma Reconstruindo quem sou, com dor e com calma Não há criação sem caos, nem luz sem escuridão A cada ferida aberta, nasce minha redenção Eu abraço a dor, deixo que ela me ensine Sou o escultor entalhando em dor a obra que me define Estou esculpindo o meu ser, pedaço por pedaço Mesmo que doa, mesmo que eu caia em pedaços Cada golpe no mármore, é o grito da minha alma Reconstruindo quem sou, com dor e com calma E quando o último golpe no mármore soar Serei inteiro, pronto pra recomeçar Whoo, whoo Whoo, whoo