Num sofá de couro, exigem mais conforto Nunca suaram, mas querem o trono Banheiro na porta, suíte de rei Mas nunca ergueram um tijolo sequer Vivem trancados, no mundo virtual Revolucionários de tela, sem ideal Criticam tudo, mas não sabem lutar Nunca leram um livro, só sabem reclamar E os pais assistem, em silêncio e dor A geração do mínimo, sem suor Criaram príncipes sem espada e sem chão Agora colhem o fruto da omissão Herdeiros do vazio, sem coragem pra cair Sem limites, sem respeito, sem saber o que é construir O mundo não vai esperar, a vida não vai poupar Se não ensinar agora, amanhã vai sufocar Dizer não virou crime, exigir virou opressão Mas quem paga as contas ainda vive em submissão Liberdade virou desculpa pra fugir Da disciplina que ensina a resistir Melindres em alta, resiliência em baixa Ofendidos por tudo, mas não movem uma palha Escondem preguiça atrás de vitimismo E chamam de opressor quem mostra o abismo Pais, acordem! Ainda há tempo pra mudar Reabilitem a coragem, ensinem a caminhar Não deixem que cresçam sem saber o que é dor Sem saber que o mundo não é feito só de amor Herdeiros do vazio, sem coragem pra cair Sem limites, sem respeito, sem saber o que é construir O mundo não vai esperar, a vida não vai poupar Se não ensinar agora, amanhã vai sufocar Não é sobre fé, é sobre ser humano Sobre preparar pra vida, não pro o engano Educar é a maior missão que há Não é presente, é legado pra deixar Herdeiros do vazio, mas ainda há solução Com disciplina, com verdade, com coração O mundo pode ser melhor, se houver transformação Educar pra vida é a maior revolução