Como um herói disfarçado Chegou magro, sujo, faminto e abandonado Na madrugada, em frente à porta Ficava ali e me olhava encantado Ruivo, charmoso e dengoso Sabia como ninguém o que lhe faltava Passou a surgir na noite, em busca de água, alimento e afeto Era livre e apostava na sorte Pra encontrar um norte e quem sabe um teto Ficava por alguns instantes Nutria corpo e alma e seguia o trajeto Ah mas, ele era livre, gostava da noite Da farra e do andar sorrateiro Ah amava os telhados A busca pelas princesas, aprisionadas nos celeiros Imitava o seu sósia de botas Não tão famoso, mas com o mesmo andar garboso É certo que em outras eras viveu no Egito Onde além de sagrado era doutor Porque sempre que o peito apertava em conflito Me hipnotizava com olhos de amor Com doçura me cuidava e com sua pata encantada Removia toda a dor Miau, miau, miau Charmoso, dengoso e malandro Seu olhar as vezes felino, outras vezes humano Durok meu bichano, me ensinou a amar e a libertar Para que outros em seu lugar Eu pudesse acalentar Eu pudesse acalentar Eu pudesse acalentar Ah mas, ele era livre Gostava da noite, da farra e do andar sorrateiro Ah amava os telhados A busca pelas princesas, aprisionadas nos celeiros Imitava o seu sósia de botas Não tão famoso, mas com o mesmo andar garboso É certo que em outras eras viveu no Egito Onde além de sagrado era doutor Porque sempre que o peito apertava em conflito Me hipnotizava com olhos de amor Com doçura me cuidava e com sua pata encantada Removia toda a dor Miau, miau, miau Charmoso, dengoso e malandro Seu olhar as vezes felino, outras vezes humano Durok, meu bichano me ensinou a amar e a libertar Para que outros, em seu lugar Eu pudesse acalentar Eu pudesse acalentar Eu pudesse acalentar