Eu sou verão, ela é primavera Eu sou do chão, ela é passarela Se eu digo vem, ela diz espera Quando eu digo: E nós? Ela diz: Já era! Quando eu chego perto, ela está distante Se eu sou igual, ela é inconstante Se eu me entrego todo, ela é só amante Quando eu sou corrente, ela é só barbante Quando eu levo um samba, ela canta reggae Se eu vou de banda, ela não me segue Quando eu peço aos céus que a ela tudo entregue Ela pede ao cão que me carregue Mas quando eu me invoco e fico pra da vida Quando eu chuto o balde e não lhe dou guarida A valentia acaba e ela encolhida Fica pianinho toda derretida