Aluguei a casa um da vila Meu amigo mora em frente E a mulher desse amigo Anda arranjando tempo quente Senta a me provocar Olha a me conquistar Sorri a me convidar Até um cego pode notar Eu sinto sede Eu sinto fome Mas, mulher de amigo meu Pra mim é homem Nega sai do meu pé Vá quando quiser Pra você não falta homem Pra mim não falta mulher Essa nega pra ser minha Vai ter muito que sofrer Apanhar quando merece Apanhar sem merecer Quero essa mulher Assim mesmo Quero essa mulher Assim mesmo, quero Quero essa mulher Assim mesmo Mal falada, embriagada Esfarrapada, despenteada Eu quero eu quero Se você não me queria Na devia me procurar Não devia me iludir Nem deixar eu me apaixonar Eu vou lhe dar a decisão Botei na balança Você não pesou Passei na peneira Você não passou Mora na filosofia Pra que rimar Amor e dor Eu não sou água Pra me tratares assim Só na hora da sede É que procuras por mim A fonte secou Quero dizer Que entre nós Tudo acabou Sabão, pedacinho assim A água um pinguinho assim O tanque, um tanquinho assim E a roupa, um tantão assim Para lavar a roupa Da minha sinhá Para lavar a roupa Da minha sinhá Quintal um quintalzinho assim A corda uma cordinha assim O sol um solzinho assim E a roupa um tantão assim Para secar a roupa da minha sinhá Para secar a roupa da minha sinhá A sala uma salinha assim A mesa uma mesinha assim O ferro um ferrinho assim E a roupa um tantão assim Para passar a roupa da minha sinhá Para passar a roupa da minha sinhá Trabalho um tantão assim Cansaço é bastante sim A roupa um tantão assim Dinheiro um tiquinho assim Pra lavar a roupa Da minha sinhá Pra secar a roupa Da minha sinhá