Zé Rosa Ô Zé Rosa Acorda que já é hora de trabalhar Ô Vilita Arruma a minha marmita Mas não esquece da farinha e do fubá Lava o rosto com água do poço Café com rapadura seu moço Pra adoçar o amargo da vida que levo só roendo o osso No final do dia cansado todo fim de mês sem dinheiro Não esquenta Vilita é essa a vida do trabalhador brasileiro Já peguei a marmita a moringa a foice e a enxada Vou sair por essa estrada para o meu dia ganhar No final da tarde recebo um abraço das crianças Num olhar um sorriso de esperança que essa vida ainda vai melhorar Quando chega a noite Vilita Seu corpo me aquece e me agita Toda perfumada cabelo trançado com laço de fita E no aconchego de cama nosso amor fortalece e se inflama Quando me refaço e esqueço o cansaço Vilita me chama