Me diga, senhor, o mal que eu fiz Pra meterem tanto o nariz Em minha vida particular Querem meus segredos revirar Me diga por que tudo é assim Por que tenho medo de pôr fim A esta inércia que devora Todos os meus sonhos de outrora? Me diga, senhor, por que sofri Com a opinião que não pedi E invento de me preocupar Com o que os outros vão falar? Me diga, senhor, que vai dar certo Aquele desejo do meu peito Minha trajetória a ti entrego E te peço o tal discernimento Para aquilo que eu não dou jeito Sou imperfeita, tenho certeza Meus gostos causam certa estranheza Mas me prometi não tentar me encaixar Se o bom Deus me ajudar Não vou tentar Hoje procuro minha estrela E achar, no escuro, certa clareza Não me esqueci do que me faz andar Mesmo cansada de tanto lutar Por algo que virá