A matinha vem ôôô Te agradecer Teu legado teu valor Tua arte humanizada virou carnavá O filho d'odivelas vai passar É tão leve a poesia dessas águas Então leve a doce brisa pelo ar Embala o bailado das garças E a vermelha revoada dos guarás A Lua regendo as marés Deleita em correntezas mojuim As margens banhadas em mistérios Verdadeira paixão mora ali Floresce a vida nos manguezais, ôôô Renasce nas garras do povo ribeirinho Crendices à beira do cais Causos de pescadores se ouviam Meu boi é tradição, de alegria e amor Nas terras do menino sonhador Amor ao direito, em prol da justiça O rendeiro fez dona justa irradiar A toga não cega a alma do artista Mano escuta: É gustavo de gustar Um toque de humor, no seu linguajar Epaminondês para alegrar Os dias no tar do zap zap Paródias: Todo paraense se encantou Contos: Minha retrete, minha vida” aliviou As dores infindas eu já esqueci Numa gargalhada e numa rasa de açaí Égua! Ecoa um grito na cidade: Égua! Entros de felicidade, vumbora pessuá No ninho da coruja o epatinho vai sambar A matinha vem ôôô Te agradecer Teu legado teu valor Tua arte humanizada virou carnavá O filho d'odivelas vai passar