Não abaixo a ser derrotado E eu aqui de novo Porque o soldado favelado não abandona o posto Pros racista e os recalcado é corda no pescoço Meu sonho ta engatilhado e o soldado ta disposto Mó chavão, pesado pro terror da madame Serenidade, arte suave sempre me acompanhe Quero tranquilidade e paz no peito da minha mãe Um fim de ano e os aliado, um brinde de champanhe Tratamento é padrão, tira a mão pra não passar vexame Se quer me cobrar ideia, a rua é meu tatame Sou o que sou mano, não tem segredo Não me escondo, disfarce só no meu corte de cabelo Mas se necessário também dou meus pinote Se eu fiz parte do esquema, eu quero parte dos malote Eu que corro correto, e quero sim minha parte E só vai falar mal da minha ambição quem não passou dificuldade Infância, rua de barro, vários com but furado Bundão que se diz rua nunca tomou banho gelado Nunca é muito pro meu sonho, sabe qual é? O tamanho do homem se mede pela sua fé Eu to no jogo pode fazer a aposta E junto a banca pesada pra faze virar um Oscar Que vem infectando tudo igual num surto de sarampo Vagabundo se emociona, é que pra mim isso aqui é trampo Eu aperto o passo parça que a vida passa Quero uma vida mais serena, e bota gelo na minha taça Não vai levantar minha taça se não suou a minha camisa Não vai comer minha ceia e nem beber da minha bebida Eu to na rua, cidade, vaidade predomina Podia ser quem mete o ferro num carro e asta la vista Mas não, minha opção é outra vida Entre dinheiro e rap, eu quero letra e as batida Então deixa os porcão rir, vou subir, sem pisar em ninguém Um abraço pros forte, aquele salve, paz e bem Mas se não der, o que é que tem? Só segue a luta Que minha mãe me fez homem, não uma puta