Do Céu desceste resplendente e puro E no santo mistério em que te apagas Vestiste-me o burel de sânie e chagas E algemaste-me a lenho estranho e duro Nume solar pairando no monturo Terno, escondendo as flores com que afagas Ouviste-me, em silêncio, o choro e as pragas Doce e invisível no caminho escuro! Mas, da cruz de feridas que me deste Libertaste meu ser à Luz Celeste Onde, sublime e fúlgido, flamejas! E agora brado, enfim, de alma robusta Deus te abençoe, ó Dor piedosa e justa Anjo da redenção! bendito sejas!