Fugindo embora à paz de eternos dons divinos Sem furtar-se, porém, à luta que aprimora O homem é o semeador dos seus próprios destinos Ave triste da noite, esquivando-se à aurora Em derredor da Terra, estrelas cantam hinos Glorificando a luz onde a Verdade mora Mas no plano da carne os impulsos tigrinos Fazem a ostentação da miséria que chora! Necessário vencer nos vórtices medonhos Santificar a dor, as lágrimas e os sonhos Do inferno atravessar o abismo ígneo e fundo Para ver a extensão da noite estranha e densa Que os servos da maldade e os filhos da descrença Estenderam, sem Deus, sobre a fronte do mundo!