Esses seres que passam pelas dores
As geenas do pranto acorrentados
Aluviões de peitos sofredores
No turbilhão dos grandes desgraçados

Corações a sangrar, ermos de amores
Revestidos de acúleos acerados
Nutrindo a luz dos sonhos superiores
Nos ideais maiores esfaimados

Esses pobres que o mundo considera
Os humanos farrapos dos vencidos
Prisioneiros da angústia e da quimera

São os heróis das lutas torturantes
Que são, sendo na terra os esquecidos
Coroados nas luzes deslumbrantes!
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