Senhor, tu que deixaste a rutilante Esfera Em que reina a beleza e em que fulgura a glória Acolhendo-te, humilde, à palha merencória Do mundo estranho e hostil em que a sombra ainda impera Tu que por santo amor deixaste a primavera Da luz que te consagra o poder e a vitória Enlaçando na Terra o inverno, a lama e a escória Dos que gemem na dor implacável e austera Sustenta-me na volta à escura estrebaria Da carne que me espera em noite rude e fria Para ensinar-me agora a senda do amor puro! E que eu possa em teu nome abraçar, renovada A redentora cruz de minha nova estrada Alcançando contigo a ascensão do futuro