Sabe, moço Que no meio do almoço Tive um osso no pescoço Que foi um inferno pra mim Que andei em mil peleias Em lutas brutas e feias Desde o feijão inté o aipim Sabe, moço Durante as refeições Vi esbanjarem feijões Batata, carne, depois cafés Vi se encharcarem em més Caindo tudo aos pés Subindo os colesteróis É duro o osso Sem alface e sem chicória Pra mudar a trajetória Pra parar com os meus ais Sabe, moço Fui guerreiro como tantos Que andaram nos quatro cantos Sem comer nem amendoim E o que restou? Ah! Sim! Na goela, em vez de coalhadas Sem falar na marmelada Passa só fiapo de aipim