Fatos tecem o panorama Entre sons e cores Esperançosa herança Sob o peso bastidores A bussula aponta ao leste Neblina densa cheiro de mato O amor ainda é resistência Vila Toninho Encontro, suor e lamento Em contos mães em prantos Filhos sem contentamento Um impulso que mire Acerte em suas habilidades Nem sempre é o que Os pais almejam na maturidade Dona Fatima logo cedo Varrendo a calçada Recolhe e toca nos Vestigios da noite passada Junta os cacos Forma um conceito e da sua opnião Elabora um novo produto Para discussão O dia aquece Os vizinhos chamam mais gente O carro da reportagem Descendo a rua lentamente Enquanto isso é traçada a rota Do próximo capitulo Na quadra, no bar ou no invisivel De boca a boca Se deturpa a informação Atmosfera se altera A cada quarteirão Helicóptero voa entre as antenas A fuga continua no encontro dessas ruas O reflexo da opressão, notícias correm E aumentam a especulação Helicóptero voa entre as antenas A fuga continua no encontro dessas ruas O reflexo da opressão, notícias correm E aumentam a especulação E lá vem o Egas lotado! Cheio de história dores Vida de cão, sem simpatia sem flores Relatos, rumores que merecem uma atenção Numa infraestrutura que cresce como um trovão Misto de sonhos e valores de histórias reais Em cada porta dos conjuntos habitacionais Vidas que lidam com a mesma trama Pulsam no coração a vila expresso cardiograma Mcs da Zona Leste de Rio Preto, relatam em suas rimas Acontecimentos do bairro Vila Toninho Chinelo de dedo e na cinta um berro Perseguido pelo pássaro de ferro Um disparo de repente sem inocente O pássaro na terra fértil matou a semente Eu, pique, Big no beat, pego a bic Pique um Pit Bull que não rosna, morde Vendo a má intenção dos menor daqui Com disposição pra trocar com os menor da Norte Quem dera meu bom fosse um filme de ação Quem dera as balas trocadas fosse Cosme e Damião Mas não tem ficção, ninguém contou, eu vi De quebradinha, um sendo baleado logo ali As nove e dezesseis no bairro Vila Toninho O barulho forte da ambulância sentido ao postinho A família toda reunida, agonia enorme A mãe no desespero, os coisa de uniforme Um se aproxima da senhora e com frieza diz Eu avisei que ia por seu filho pra dormir Luzes do poste, garoa cai, a noite é fria, sem poesia A cada passo eu pergunto o que houve Bruhw antigamente andava aqui era tão cheio Hoje as nossas quadras estão tão vazias Não tem pipa mas eu vi o aviãozinho Tentando voar pro topo e moio Com dezoito pegou cinco no 157 Por causa de duzentos que fez de um trabalhador Entre a fúria e amor, entre a cura e a dor Pele escura a cor e o perfurador Pegaram com o autor, jovem infrator Tanto odeia, hoje é odiado, na cela trancado Só a mãe ainda da valor Uma muvuca na doze o grito pega Sem sorriso no rosto os menor do tipo que quebra Do tipo que peca conduzindo peças Os dedos leves como os que digitam teclas Quebraram o dedo de seta, pei, pei, pei, pei, pei, pei Notícias correm e sempre vão correr Seguimos pelas ruas da VT