Um lugar cujo a maioria É dominado pela minoria Homens de terno mandam Em homens de regata Eles dizem que irão rebelar Mas esquecem quando tem Aquela churrascada Não adianta prometer se não fará nada Resta ignorar e esperar o weekend Tudo se resolve com uma ceva gelada E também sua carne assada Em cima do telhado, esse Povo se põe a dançar E todos seus problemas Irão solucionar Vem, vem abalar o Sobradinho! Pula durante o Sol, dança perante a chuva Aqui não tem tristeza Pro solteiro nem pra viúva Todo mundo tremendo o puxadinho Aqui a favela reúne o pai, a mãe A irmã, o casado e o padrinho Eles esquecem onde vivem Tudo transforma em paraíso Não reclamam mais do Aumento da gasolina Nem do valor do gás Perdoam o aumento Da passagem Desde que termine Em festa na laje Vem, vem abalar o Sobradinho! Quando tem friagem, ou estiagem A esbórnia vem pros namoradinhos Pro tio, pra tia e até vizinho Pro primo, pro cunhado Pro cachorro e o gato Pro papagaio, pra vovó E também pro vovô É o som fritando com CD de um Monte de cantor Esqueça o crime organizado Golpe ou corrupção Bandido de paletó ou armado Que viu um homem passando fome Que pegou ônibus lotado Que o perigo mora ao lado O importante é que você é feliz Fica indignado com o que A repórter no jornal diz Comenta com alguém Mas só fica esperando chegar O seu fim de semana Pra beber e comer Linguiça toscana Mesmo que passe o resto Do mês sem grana E já foi tapeado Por político que Prometeu picanha