O pai tá on, olha quem voltou do inferno! Resista e persista, esse é o meu critério Corpo e mente em pedaços Renasci no necrotério Olhei pra mim e vi que tinha que me levar a sério! Faça sua cama, não tem ninguém em casa Poesia e depressão regados à muita cachaça Resiliência se molda no universo em desgraça É tanto sofrimento e luta que passamos de graça! Perdido na floresta, pique João e Maria Sua mente é uma festa em busca de utopia Mas a ausência dela tornou a vida vazia Coração envenenado me jogou na guerra fria Marcondis é meu nome, eu que mando nessa baderna! Sou descendente de Marte, o Deus da guerra! Sou um bom combatente andando por essa terra Também sou cria, então não tenta me passar a perna! Eu até te permito opinar sobra minha história Mas qualquer conceito, requer minha trajetória Através da minha vida, pelos fatos de outrora Independente de tudo, minha meta é a vitória Eu vivo na arena, sou um gladiador Essa porra é uma guerra e eu luto com amor! Trilha sonora: Facção, Na estrada da dor Aqui é só punchline, pega o boombap, sacou?! Um dia desses, cê vai olhar pro passado E vai perceber que não foi papo furado Quando se sentir cansado e desanimado Os melhores dias, foram com sangue batizados Treta? Faz a fila, e vem uma de cada vez! Eu tenho punho do aço mas não uso soco-ingês Vou falar em bom e claro idioma português Minha paciência hoje, anda meio em escassez Eu tô sem paciência pra todos e pra tudo! Já tenho 30, tô velho, tenho que ganhar o mundo Ando pisando em ovos, tudo muda em um segundo Ostento minha vivência como diamante bruto! Mano, desculpa, não quero desanimar Cê tem que fazer melhor se quiser me derrubar Estive no fundo do poço, conheço meu lugar Sete vezes vou cair, oito vezes levantar Não me importo que o topo seja solitário Já estive muito sozinho, sem ter pão no armário Sem fogão ou geladeira, problema extraordinário! Dentro de minha póropria vida, fui meu revolucionário! Minha trajetória, minha força e meu açoite Tô escrevendo esse rap depois de virar a noite Isso não é uma diss, tô sem tempo, mano, foda-se! Sou poeta assassino e a caneta é minha foice!