Minerinho na Voz Porra, Nego Fica só olhando da vitrine, nego O sonho dele é ter aquilo, nego O policial te levou pr’onde, nego Porra nego Porra, Nego Fizeram uma covardia com você, meu preto (Covardia com você) Onde tá seu pai que eu nem conheço (Nem conheço) A sua mãe já entrou em desespero Porra nego Pego meu smartphone Lancei minha playlist Vou curtir um som Meu busão chega às vinte Tudo parado por aqui Só eu na parada Esperando a hora de partir Mas o balai nem parou pra mim Vou caminhar A vida é assim Chegando na minha quebrada Da ponte pra cá Uma viatura Porra, Senhor eu não tenho passagem Porque tá me batendo, deixa de ser covarde Esse chá é pra eu fumar mais tarde Me deixa em paz, quero minha liberdade Gotas de sangue sobre o carpete Meu tio me socorre, sem internet Me leva pra Upa São Bene Acho que não vai dar tempo, mané Não tô respirando A pulsação parando A dor na minha voz Dizendo que eu te amo Eu amo todos vocês Não é culpa sua O que eles fez (O que eles fez) Porra, nego Fiquei pensando nessa fita o dia inteiro Como a gente lida com esses desacerto Porque essas injustiça com o povo preto Com o povo preto Porra, Negro Eu só tava voltando do trampo, negro Tava vestindo roupas de preto Até meu jeito de andar é de preto É preto, preto Porra, Negro, Porra, Negro, Porra, Negro Porra, Negro