Não Mais No Cativeiro

Preto trabalha
Força sagrada que vem de Aruanda
Preto trabalha
Mandingas fortes em suas mirongas

Preto trabalha
Na luz do nosso senhor
Pai oxalá
Liberta os filhos de tanta dor

Não mais no cativeiro
Preto trabalha dentro do terreiro
Na luz de Orixá
Abro essa roda pra suncê jogar
Adorei as almas

Sopra a fumaça vento levou
Direto pro chapéu do meu avô
Bate bengala em solo sagrado
E o mal é levado ao toque do tambor

Pretinho, cachimbo e fubá
Muitas flores a Iemanjá
Preto dança na beira do mar
Naufragando o navio que ia pra lhe buscar

Pretinho, cachimbo e fubá
Marca na pele faz lembrar
O tempo do toco das cascas de coco
Chicote no couro dentro da senzala

Preto trabalha
Força sagrada que vem de Aruanda
Preto trabalha
Mandingas fortes em suas mirongas

Preto trabalha
Na luz do nosso senhor
Pai oxalá
Liberta os filhos de tanta dor

Povo de Angola
Povo de luz
Povo de fé
Nunca deixa apagar

A chama que queima
No peito
Dava a certeza
De um melhor lugar

Abre a roda seu moço
Que preto quer girar
Bate o pé nessa areia
Faz o pó levanta

Bate palma seu moço
Deixa a energia guiar
Trago arruda e guiné
Pro senhor me limpar

Defuma, defuma
Com as ervas da mata
Defuma, defuma
As ervas da jurema

Defuma, defuma
Povo de guiné
Defuma, defuma
Alecrim e alfazema

Preto é doce né meu fio
Mas também é força
É potência

Adorei as alma

Pretinho, cachimbo e fubá
Muitas flores a Iemanjá
Preto dança na beira do mar
Naufragando o navio que ia pra lhe buscar

Pretinho, cachimbo e fubá
Marca na pele faz lembrar
O tempo do toco das cascas de coco
Chicote no couro dentro da senzala

Preto trabalha
Força sagrada que vem de Aruanda
Preto trabalha
Mandingas fortes em suas mirongas

Preto trabalha
Na luz do nosso senhor
Papai Oxalá
Liberta seus filhos de tanta dor