Não me despeço Teu rosto contorna Sabe?! Há solução pros nossos medos Calm down, calm down Calm down, calm down Sem olhar Calm down, calm down Calm down, calm down Respiro Ok Meu corpo retorna Pra falas tão bestas que ficam complexas E quando se declarou, eu fiquei perplexo Do peito pra fora parece que é um mundo novo O tanto que eu falo às vezes me incomoda Mas nunca faltam palavras pro quanto teu mundo me colore Difícil ponderar nesses nossos conflitos longos Mas me falaram que relações como a nossa tem dessas Tem dias que isso dói então passo em consulta A doutora diz que Se amor fosse dinheiro Eu teria um continente de notas Pra burocratas Amor não aumenta o PIB do país Declara o ministro da economia Às 10:40 E às 10:45, você desliga a TV Comendo pêssego em calda Diz que tem muito a dizer Que é melhor conversar Num tom de voz aveludado Pega minha mão e diz Creio que as intrigas fazem parte do enredo Após horas de briga, a gente fode o dia inteiro E lembro que o amor está nas mãos de quem o visa Morto, caro, sorridente, vende o falso, Monalisa Crise, em qual espaço da vida não existe? E sempre rezo e prezo pela calmaria após Se a corda que nos liga não se rompe e persiste Após nossos embolos essas linhas viram nós Que levam pra longe o sentimento um dia escasso Brincando de lutinha num domingo frio descalços Relembro toda vez que eu pensei em romper laço Após eu perecer de toda culpa que embargo É claro que a soberba atrapalha onde o sangue estanca E filtro as palavras quando vejo escorrer Verdade, a agonia só se vai quando se banca E cremos que o amor só é bom enquanto doer Não me despeço Teu rosto contorna Sabe?! Há solução pros nossos medos Calm down, calm down Calm down, calm down Sem olhar Calm down, calm down Calm down, calm down Respiro Não me despeço Teu rosto contorna Sabe?! Há solução pros nossos medos Calm down, calm down Calm down, calm down Sem olhar Calm down, calm down Calm down, calm down Respiro Teu mal presságio me parece bíblico Talvez porque tua voz me seja sagrada Teu riso me lembra os belos versículos Navego tuas pernas, nova arte sacra Quem dera se tudo fosse tão simples E acabasse em frutos da Ásia Mas parte da latinidade e racialidade É entender que amar é luta Já me entregaram um total de nada Muitas promessas, retorno em lágrima Já te trataram como um grande nada Discursos vazios, paixões, migalhas É nessa dor que chega o nosso encontro E lembro disso a cada desentendimento Nunca igual pois sei que se supera Tipo apanhar na rua até a sexta série Crescer dói, amar não Tu nasceu e celebraram Axé, já eu nasci do Amém Tudo bem, talvez não De nada valem os sacrifícios se somos reféns A conversa acaba quando você me diz que Palavras não bastam pra corpos que nunca souberam viver Tudo que machuca não some se você não deixa morrer E nosso renovo só vem com afeto, afeto, afeto Afeto