Tô vendo kilombo kilambola Le le leô Eu sou negro dos bantos de Angola Negro nagô Fomos trazido do Brazil Minha família separou Minha mãe lá foi vendida Pra fazenza de um Senhor O meu pai morreu no tronco Do chicote do Feitor O meu irmão não tem orélha Porque o Feitor arracou Na mente trago tristesa E no corpo muita dor Mas olha um dia Pro kilombo eu fugi Com muita luta e muita garra Me tornei um guerreiro de Zumbi Ao passar do tempo Pra fazenda eu retornei Chotei todos os escravos E as Senzalas eu queimei É liberdade não estava escrito no papel Nem foi dado com princesa Cujo o nome é Isabe É liberdade foi feito com garra e muita dor Muita luta e batalha foi o que nos libertou Tô Vendo kilombo kilambola Le le leô Eu sou negro dos bantos de Angola Negro nagô