Feliz da vida, sou griô dessa história De raça, lutas e glórias Quebrando forças da opressão Minha favela da santíssima trindade Mina nagô e africanidade Tia gertrudes, lhe saúdo em oração Tem que respeitar a linda trajetória delas Negra libertação É de arrepiar Bate no peito, resistência é favelar! Agô, agô favelando eu vou na avenida Maracatu és o grande amor da minha vida Ô seu dotô tire a mão da minha história Jamais vão nos calar, nossos tambores têm memória Eu quero ver você resistir O surdo um tocando no seu coração Com marabaixo até o dia clarear Tem gengibirra boa para comemorar Escola do povo, raiz da igualdade Erguendo a bandeira da diversidade! Pisando forte eu vou Punho cerrado entre becos e vielas Abriu-se as portas da senzala, lá vem ela Banhada de fé, devotos de Nazaré É arte e cultura É festa na favela! Me dê licença que eu vou passar Pode o céu desabar, ninguém vai me conter Sou verde-rosa podem falar Sou maracatu até morrer