Iê O quilombo dos palmares Foi o quilombo dos palmares O maior da escravidão O negro fugia da senzala Para lá se esconder E não dá pra entender Porque tamanha covardia Negro trabalhava tanto Dia e noite, noite dia Foi nessa grande amargura Que os negros se reuniam Criaram a capoeira E com ela se defendia Mas o tempo se passou E a arte evoluiu Apareceram os grandes mestres Como seu bimba e seu pastinha Um mestre jogava angola e o outro a regional Você que se diz capoeira Mas não tem história pra contar Histórias como essa, que eu trouxe no meu cantar Herança da raça negra que eu jurei de cultivar, camará Iê viva meu Deus Iê viva meu Deus, camará Iê viva zumbi Iê viva zumbi, camará Iê viva palmares Iê viva palmares, camará Iê a escravidão Iê a escravidão, camará Iê a liberdade Iê a liberdade, camará Iê a capoeira Iê a capoeira, camará Vamos ir, simbora Iê vamos embora, camará A barra a fora Iê a barra a fora, camará