O cenário não traz mudanças Ouço choro da desilusão Clima de desesperança Enquanto muitos caem contra o chão Numa esteira cada homem recebe o seu fardo O semblante traduz o lamento Sem reservas e nem exceção Panorama de sofrimento Todos receberam seu quinhão Vida é um amontoado de canseira e enfado Ao menos uma vez Quero alívio de verdade Do peso que se fez Marcado como espinho em carne Quilos de culpa Aquilo que luta Contra a minha consciência Toneladas de palavras Que demandam meu silêncio O peso em mim O mundo sobre mim O peso em mim O mundo todo morto sobre mim A mochila tão carregada Está pregada em meu próprio ser Torturando minh'alma cravada De pesares passados a me envolver Descortina pessimismo Em todo horizonte Em meus ombros o peso do mundo Em meu peito um vazio me corrói Preso em meu habitat nauseabundo Uma aberração vulgar e atroz Triste dor Inútil é erguer a minha fronte Ao menos uma vez Quero alívio de verdade Do peso que se fez Marcado como espinho em carne Quilos de culpa Aquilo que luta Contra a minha consciência Toneladas de palavras Que demandam meu silêncio O peso em mim O mundo sobre mim O peso em mim O mundo todo morto sobre mim O momento crucial Sangue escorre numa cruz Peso do pecado em seus ombros nús Cordeiro expiatório Para o peso remover Na humanidade inteira Liberdade pra viver Fardo leve Quilos de culpa Aquilo que luta Contra a minha consciência Toneladas de palavras Que demandam O peso em mim O mundo sobre mim O peso em mim O mundo todo morto sobre mim