Compadre, chega a tua bragada E dá uma atropelada Que a res quer ir embora Fujona da tua invernada Fez uma cruzada numa estronca velha Faz tempo que eu lido com gado E andar bem montado é sistema em mania Por isso eu ando na tordilha Volteando novilha, no freio e na espora Então encosta a tua bragada Que esta pareteada vai ficar na história Te acalma que eu já tô chegando Eu tava ali olhando e é lindo de ver Um índio de garra lidando Rebolhando o mango, não dá pra perder Mas a mãe da tordilha campeira É bragada e ligeira e de um homem de lei Nós quatro campeirando junto Tá morto o assunto, tu sabe que eu sei Compadre, tu não te apavora Não vai mais embora porque eu já cheguei Vamos companheiro, empurra Pra cá que eu não deixo voltar É correndo e tenteando Coisa bem linda é a lida campo afora No choro da espora, vamos paleteando Vamos companheiro, empurra Pra cá que eu não deixo voltar É correndo e tenteando Coisa bem linda é a lida de campo afora No choro da espora, vamos paleteando Tu sabe que andando comigo Nunca tem perigo, perigando sempre Te cuida neste lançantão Que moram os buracão De enterrar égua e gente Um fonte correndo a brasina Saltou por cima e planchou no capim Quem sabe arruma tua cerca Inverno abragado e só espera o fim Que eu mando num jeitão gaúcho Este sovel de luxo que tu fez pra mim Me agrada que a lida de campo Dá verso, dá canto e parceiros de fé Então enquanto eu desencirio Floreia teu pinho e mete um chamamé Um campeiro não perde a corrida E o teu dia de lida Eu acerto depois O tempo faz um rio das sangas O peso da canga emparelha os bois Compadre o nosso jeito antigo De cuidar amigos Fez irmão nós dois Compadre o nosso jeito antigo De cuidar amigos Fez irmão nós dois Vamos companheiro, empurra pra cá Que eu não deixo voltar É correndo e tenteando Coisa bem linda é a lida campo afora No choro da espora Vamos paleteando Vamos companheiro, empurra pra cá Que eu não deixo voltar É correndo e tenteando Coisa bem linda é a lida campo afora No choro da espora Vamos paleteando