Eu trago a luz do luar, o brilho das estrelas O cheiro de terra nas mãos O sangue que corre nas veias O amor pela vida, a simplicidade de peão Eu sou nascente de um riacho Que brota no mato, raiz de uma plantão Cascata que desce lavando a ceiva da mata E do chão, eu sou o sertão Estrada que vem e que vai Distância que corta o sertão Saudade da moça que espera Na janela me acendo a mão Eu sou o sertão Estrada que vem e que vai Distância que corta o sertão Saudade da moça que espera Na janela me acendo a mão Eu sou o sertão Eu sou viola e canção de estradeiro a paixão Poeira pairando no ar Vaqueiro, tocando a boiada feliz pela estrada Com laço e berrante a tocar A chuva que cai no serrado A noite chegando e se pondo na imensidão O dono do rancho e do gado Da flor e o perfume que é inspiração Eu sou o sertão Estrada que vem e que vai Distância que corta o sertão Saudade da moça que espera Na janela me acendo a mão Eu sou o sertão Estrada que vem e que vai Distância que corta o sertão Saudade da moça que espera Na janela me acendo a mão Eu sou o sertão