Esse minuano que assobia na coxilha Traz-me lembranças que o presente não desfaz Há nos peçuelos um cheiro de maçanilha E nos lençóis, teu jeito manso e tua paz O rancho velho está tristonho qual tapera E já não tem a mesma graça que antes tinha Chego da lida e no portal ninguém me espera Cevo meu mate e sorvo só de tardezinha (Há uma saudade penetrando em cada fresta Há uma tristeza estampada em meu olhar Só uma esperança insistente é o que me resta Soprando rimas pra tristeza repontar) Olho o fogão e aquele espelho que era dela A mesa posta, o gato velho e o pilão Tantos recuerdos que me fazem pensar nela E que machucam inda mais o coração Se pelo menos do romance com esta china Restassem frutos pra regar e pra colher Alguns piazitos que abrandassem esta sina E dessem força e sangue novo ao meu viver (Há uma saudade penetrando em cada fresta Há uma tristeza estampada em meu olhar Só uma esperança insistente é o que me resta Soprando rimas pra tristeza repontar)