Abandonei o barco O seu mar não leva a lugar algum Em meio a tantos humanos tolos O que eu não quero é ser só mais um Eu me despeço sem muita pressa Só quero uma trégua para não antecipar o meu fim Tudo é tão escuro nesse quarto, com esse quadro Esse falso Picasso olhando pra mim Alguém me diz, qual é mesmo o seu nome? Pois seu eu grito pro mundo e ninguém responde Soprei circos, desmontei castelos Desfiz os elos que haviam entre o mundo e eu Os olhos que brilharam naquela tarde não foram pra mim E sim pro inimigo que por hora me venceu Eu peço licença, para iluminar Não o meu terreiro mas o mundo inteiro Que só me faz pensar